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“A mulher Chloé não é sempre a mesma”, avisa a diretora criativa da Chloé, Chemena Kamali. “Sua história tem muitas camadas, dimensões e estados de espírito. Ela é multifacetada, intensa e cheia de nuances”, completa a estilista no texto que recepcionou os convidados de seu desfile, realizado nesta quinta-feira (07/03), em Paris. Abaixo, cinco novidades que merecem a sua atenção.
A PEÇA-CHAVE: é o trench-coat, peça que representa bem a fusão de camadas da Chloé mencionada no texto da estilista. Ele é capaz de atravessar o tempo, se mantendo relevante para mulheres das mais diferentes trajetórias de vida. Sob o olhar de Chemena, o trench surge em um couro finíssimo (cujo conforto deu para assimilar só de ver o movimento da peça, acompanhando o caminhar das modelos). E, se você lê minha coluna A Mulher Sucesso desde a primeira edição impressa, já sabe: para mim, é para sempre um dos essenciais do guarda-roupa.
O RECORTE NO TEMPO: já não se prende mais à década de 1970, propondo uma evolução (como diz o nome da coleção) de estilo que incorpora referências também de outros períodos. Dos anos 1980, por exemplo, vêm a ênfase nos ombros, atualizando a camisa – uma das peças de importância no repertório boho da grife, que merece espaço no seu closet.
A BOLSA DA VEZ: é a Paddington Bag, que fez seu grande retorno à passarela. Criado originalmente por Phoebe Philo para a coleção de primavera-verão 2005, o modelo tornou-se um sucesso instantâneo, circulando nas mãos de celebridades como a top model Kate Moss e it girls como a britânica Alexa Chung – que, nesta temporada, carregou a nova versão da bolsa, com seu icônico cadeado, na passarela de Kamali. Apesar do status de desejo, para a estilista, “função” é palavra da vez no que diz respeito às bolsas da marca: “É importante que não tenhamos medo de colocar nossas bolsas no chão quando vamos a um café”, disse certa vez.
O ACABAMENTO: é acetinado, fluido, em vestidos que deslizam pelo corpo, feito camisolas. Mas como é de uma coleção invernal que estamos falando, Chemena propõe um contraste: a sutileza do tecido ganha cobertura pesada, com casacos volumosos, muitas vezes enfeitados com pêlos.
O EFEITO: é leve, sem ser simplista. Fresco, mesmo contendo diversas camadas (inclusive as literais: os babados de romance boêmio são um elemento forte na coleção). É sutil, mas propõe uma intenção de moda, que apesar de incluir peças tem-que-ter, diz muito sobre liberdade.
Com Antonia Petta e Milene Chaves
Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.
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