Tarifa dos EUA é decisão política da Casa Branca, afirma Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletivaAgência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta semana que a decisão sobre a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros está concentrada na Casa Branca.

Segundo ele, apesar do reconhecimento por parte de autoridades americanas de que o Brasil apresenta argumentos legítimos, a definição do caso não está nas mãos das equipes técnicas.

“O reconhecimento de que o Brasil tem um ponto legítimo é claro, mas a decisão está muito centralizada na Casa Branca”, disse Haddad durante coletiva de imprensa.

O ministro declarou ainda que os contatos com os EUA continuam, mas são conduzidos apenas por áreas técnicas, sem acesso direto aos tomadores de decisão do governo norte-americano.

Haddad informou que o plano de contingência elaborado pelos três ministérios envolvidos na questão foi finalizado.

Os detalhes serão apresentados a ele nesta semana, e a proposta será submetida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está fora do país. A definição sobre o que será feito caberá ao Palácio do Planalto.

A medida tarifária foi anunciada no início de julho e, segundo o governo dos Estados Unidos, entraria em vigor em 1º de agosto.

A decisão afeta setores como petróleo, carne bovina, aço, suco de laranja e aeronaves, com impacto potencial de até US$ 9,4 bilhões nas exportações brasileiras em 12 meses.

Em sua fala, Haddad destacou que o Brasil permanece à disposição para o diálogo. “O Brasil nunca saiu da mesa de negociação”, afirmou.

O ministro disse também que o país estuda medidas para apoiar empresas atingidas, mas que o impacto é amplo demais para ser contido por ações isoladas dos estados ou da União.

Negociações de governadores

Governadores como Tarcísio de Freitas (SP) e Ronaldo Caiado (GO) anunciaram ações específicas em seus estados. Haddad considerou essas iniciativas positivas, mas insuficientes diante da estimativa de até US$ 40 bilhões em perdas.

A participação de companhias norte-americanas com operação no Brasil, como GM, Amazon e Coca-Cola, também é monitorada.

Haddad disse que o Ministério da Fazenda segue articulado com o Itamaraty e outros órgãos do governo, e que aguarda posicionamento oficial dos EUA.

A previsão é que as próximas definições sejam tomadas ainda nesta semana, após análise do plano de contingência.

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