Warner aposta no vintage: catálogo vira ouro no século XXI

Warner aposta no vintage: catálogo vira ouro no século XXIFoto: Warner Music / Parlophone Records

Se você pensava que músicas antigas só serviam para embalar comerciais de margarina ou tocar em rádios de elevador, a Warner Music Group está aqui para provar que o passado não apenas vive — ele fatura.

E fatura bem.

De acordo com o Moneyhits, a gravadora anunciou a contratação de Leda Chang como vice-presidente sênior de Marca Global e Audiência para sua divisão de catálogo, com uma missão clara: transformar clássicos em ativos financeiros de alta performance.

E tudo isso com uma estratégia “always on”, ou seja, marketing contínuo, sem pausa para o café.

Nada de esperar o aniversário de lançamento de um álbum ou a data de falecimento de um artista para lembrar que ele existiu. A ideia é manter o catálogo da Warner em movimento constante, como uma playlist que nunca para de tocar — e de gerar receita. Cada faixa, cada álbum, cada artista lendário será tratado como um produto vivo, pronto para ser redescoberto, remixado e monetizado.

Leda Chang não caiu de paraquedas nesse desafio. Com passagens por gigantes como Peacock e Paramount, ela é especialista em transformar marcas em experiências lucrativas. Sua receita de sucesso mistura storytelling, análise de dados e uma pitada de ousadia. Agora, ela assume um papel global na Warner, trabalhando ao lado de Kevin Gore, presidente da divisão de catálogo, para dar nova vida a nomes que já fazem parte da história da música — e do coração dos fãs.

Mas como isso se traduz em números? Simples: mais de 60% da receita de streaming da Warner vem de músicas de catálogo, ou seja, lançadas há mais de 18 meses. E com o crescimento das plataformas digitais, esse número só tende a subir.

O público está cada vez mais nostálgico — e disposto a pagar por isso. Ao investir em marketing contínuo, a Warner pretende aumentar o consumo dessas faixas, atrair novos ouvintes, gerar receita com licenciamento, merchandising e sincronizações, e reforçar a imagem dos artistas como ícones culturais e comerciais.

E não estamos falando de ações tímidas. Imagine ver um clipe de David Bowie recriado com realidade aumentada, ou uma coleção de moda inspirada em Madonna dos anos 1980. Tudo isso faz parte da visão de manter o catálogo “ligado” o tempo todo, como uma vitrine digital que nunca fecha.

Campanhas em redes sociais, parcerias com influenciadores, experiências imersivas e ativações criativas estão no radar — e no orçamento.

Do ponto de vista financeiro, essa estratégia é um golaço. Em um mercado onde cada clique conta e a concorrência é feroz, manter o catálogo ativo é mais do que uma tendência: é uma necessidade. A Warner está mostrando que música boa não tem prazo de validade — e que o marketing pode transformar nostalgia em lucro.

Então, se você achava que só os lançamentos bombavam nas plataformas, talvez seja hora de revisitar aquela playlist de clássicos. Vai que, além de curtir, você esteja ajudando a movimentar milhões.

Porque no mundo da Warner, até os hits do passado têm futuro — e um plano de negócios bem afinado.

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