André Luis, diretor do filme citado por Fiuk em denúncias recentes, afirmou nesta sexta-feira (21) que o projeto foi encerrado na fase inicial por desalinhamento artístico, e não por ruptura unilateral. A declaração ocorre após o cantor relatar que a equipe decidiu seguir com a produção sem participação dele, ignorando acordos e ideias.
O caso ganhou repercussão após Fiuk afirmar que o grupo responsável pelo projeto alterou rumos, mudou o nome do filme e tomou decisões sem consulta prévia. Ele disse também que o time utilizou o nome dele em negociações e ocultou contratos e materiais gravados. As falas foram divulgadas por meio de vídeos e textos publicados no Instagram.
Ao iG Gente, André Luis rebateu as acusações e disse que não são verdadeiras. Ele explica que o projeto não avançou além das gravações piloto, destinadas apenas à captação de recursos. Segundo o diretor, as cenas foram feitas antes da versão final do roteiro e não indicaram continuidade real do trabalho.
O diretor afirma que as partes chegaram a um consenso sobre o encerramento. “É importante deixar claro que não seguimos com o filme sem ele. O projeto em questão foi encerrado ainda na fase inicial devido a um desalinhamento artístico, em consenso entre as partes”, disse. Ele afirma que o material gravado não representa um estágio avançado da produção.
André Luis ainda diz que ideias passam por debate natural em qualquer criação audiovisual. “Como em qualquer projeto artístico, ideias são trocadas, discutidas e consideradas quando agregam, muitas vezes com adaptações. Porém, chegou-se a um ponto em que não era mais possível avançar nas tratativas, motivo pelo qual o projeto foi encerrado, decisão que foi alinhada com ele em reunião”, afirmou.
Diretor contesta críticas e detalha tratativas
O cineasta também contesta a acusação de desconsideração de propostas. Ele afirma que o projeto não possuía domínio autoral definido e que nome e roteiro nunca ultrapassaram a fase inicial. Segundo ele, o novo filme em desenvolvimento pela produtora não tem conexão com a proposta citada por Fiuk, que permanece livre para desenvolver a própria versão.
Outro ponto questionado envolve contratos. Fiuk disse que não recebeu documentos. André rebate: “Essa afirmação não corresponde com a verdade. Fizemos diversas tentativas para formalizar a participação dele, mas, infelizmente, sem sucesso”. O diretor afirma que há registros de reuniões, e-mails e conversas que confirmam o esforço de alinhamento.
“Temos, sim, provas que respaldam todas as nossas alegações. Entretanto, neste caso, cabe a ele comprovar a narrativa deturpada que vem divulgando“
Ele declara ainda que a equipe possui provas que sustentam todas as alegações. “Mesmo após receber uma notificação oficial nossa, esclarecendo a realidade dos fatos, ele optou por recorrer à mídia e apresentar uma versão completamente distorcida da verdade”, afirmou.
Sobre o suposto uso de nome ou imagem após a ruptura, o diretor diz que isso não ocorreu. Ele explica que o filme anterior foi encerrado e que a empresa trabalha em outro projeto de ação, semelhante a um título lançado pela produtora em 2023.
André Luis reforça que a decisão de encerrar o projeto decorreu exclusivamente do desalinhamento criativo. Ele relata que, durante reunião, informou ao artista que o projeto não faria mais sentido na forma proposta e disse que ele tinha liberdade para seguir com a própria ideia, sem participação da equipe.
O iG entrou em contato com a assessoria do cantor, mas não recebeu um retorno até o momento. O canal segue aberto para diálogo.
















