A morte brutal de Guilherme Araujo Cabral Alvarelo, de 21 anos, após ser espancado por um grupo de homens no “Piquetão Rodeio Festival“, em Piquete (SP), ainda não teve nenhum comentário público por parte da cantora Ana Castela — que se apresentava no palco no momento da violência.
A equipe da artista foi procurada pela reportagem do Portal iG desde a última quinta-feira (10). Após a primeira tentativa, novos contatos foram feitos ao longo do fim de semana.
Na manhã deste domingo (13), a assessoria respondeu apenas:“Não tenho retorno sobre o ocorrido. Estou no aguardo”.
Este texto será atualizado caso haja manifestação oficial por parte da cantora.
Relembre o caso
A agressão ocorreu na madrugada de domingo (6), fora da arena principal do evento. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Guilherme sendo arrastado e violentamente agredido com chutes e socos perto dos banheiros da Praça Duque de Caxias, no centro da cidade.
Ele foi socorrido em estado gravíssimo e teve morte encefálica confirmada na Santa Casa de Lorena no dia seguinte.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou ao iG que o caso foi registrado como lesão corporal e está sob investigação na Delegacia de Lorena. Nenhum suspeito foi preso até o momento.
Prefeito responsabiliza “grupos de Lorena” pela violência
A tragédia durante o “Piquetão Rodeio Festival” provocou forte repercussão em Piquete, cidade de cerca de 12 mil habitantes no Vale do Paraíba.
O prefeito Rômulo Kazimierz Luszczynski (PSD), conhecido como Rominho, afirmou em entrevista na sexta-feira (11) que o conflito foi provocado por “grupos da cidade vizinha”, Lorena, localizada a 19 quilômetros de distância de Piquete.
“Eram dois grupos da cidade de Lorena, não é de Piquete. Lorena encontrando com Lorena lá e estragando nossa festa”, declarou, ao programa “Atos no Rádio”.
O prefeito ainda acrescentou: “Em Lorena, morre um por semana”.
Segundo dados da SSP-SP, foram registrados 20 homicídios dolosos em Lorena em 2024 e 11 em 2025. Em Piquete, houve apenas um caso em 2024 e nenhum neste ano.
Rominho afirmou que o município contava com segurança privada, apoio da Polícia Militar, Rodoviária Federal e bombeiros civis. Segundo ele, o episódio foi a única ocorrência grave registrada entre os mais de 100 mil visitantes do festival.
“A agressão aconteceu em menos de cinco minutos e não deu tempo da equipe de segurança chegar. Quando chegou, o rapaz já tinha sido agredido.”
O prefeito prometeu reforçar a estrutura de segurança em futuras edições do evento, com instalação de câmeras de monitoramento em pontos estratégicos da cidade.
Nota da Prefeitura de Piquete
Em nota oficial, a Prefeitura lamentou a morte de Guilherme e confirmou que o jovem foi atendido inicialmente pela equipe de primeiros socorros do evento, sendo depois levado ao Hospital Municipal e transferido à Santa Casa de Lorena. A administração municipal lamentou a perda e declarou que o episódio “toca toda a cidade”.
Apesar das medidas de segurança e controle de acesso, o grupo agressor conseguiu agir na parte externa do recinto principal. A motivação do crime ainda não foi esclarecida.
A reportagem segue tentando contato com representantes da cantora Ana Castela. Até o momento da publicação, ela não se pronunciou sobre o episódio.