O Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (10), manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. A decisão, tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), dá continuidade à sequência sem alterações na porcentagem da taxa.
- Veja também: IPCA: o que é e quais são os impactos na economia brasileira
A manutenção da taxa marca a quarta reunião consecutiva em que o Copom opta por preservar o patamar atual, considerado o mais elevado em quase duas décadas. Além disso, confirma as expectativas do mercado financeiro.
Na ata da reunião de novembro, o Copom já havia sinalizado que a Selic permaneceria em 15% ao ano por um período prolongado, como forma de assegurar a convergência da inflação para a meta.
Segundo a ata do Copom, o cenário global permanece marcado por incertezas, sobretudo em relação à política dos Estados Unidos e às negociações comerciais entre Brasil e o país norte-americano.
Na decisão, o Comitê informou que seguirá acompanhando os anúncios ligados à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil e como os impactos sobre desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactarão a política monetária e os ativos financeiros.
Isso reforça a postura de cautela no cenário de incerteza atual, marcado por “expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”.
O documento ressalta ainda que, embora o crescimento da atividade econômica interna esteja moderado, o mercado de trabalho segue demonstrando “dinamismo”.
Além disso, alguns preços, como o da energia, continuam pressionando a inflação, mesmo diante da desaceleração da economia.
















