O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, superou pela primeira vez a marca dos 150 mil pontos nesta segunda-feira (3).
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Durante o pregão, o indicador fechou com 150.454,23 pontos, em meio a um cenário de otimismo no mercado internacional e expectativas positivas em relação à agenda econômica doméstica.
O patamar histórico foi atingido após semanas de alta contínua. No último fechamento completo, na sexta-feira (31), o Ibovespa encerrou em 149.541 pontos, alta de 0,51% sobre o dia anterior.
O avanço consolidou ganho acumulado de 2,77% em outubro e 16,72% nos últimos 12 meses.
Ao longo da manhã desta segunda, o índice operava em alta de 0,24%, a 149.900,91 pontos, até ultrapassar a barreira simbólica. Às 12h15, estava em 150.075,62 pontos, valorização de 0,36%.
A máxima anterior, registrada na sexta-feira (31), havia sido de 149.635,90 pontos, o que demonstra uma sequência de recordes recentes. Apenas em 2025, já foram 17 máximas de fechamento.
Segundo a B3, o Ibovespa é composto por cerca de 86 ações, com destaque para Petrobras, que representa cerca de 20% do índice, e Vale, com 10%.
O avanço desta segunda foi sustentado por fatores externos e internos. No cenário internacional, os índices S&P 500 e Nasdaq registraram ganhos no pré-mercado de Nova York, refletindo expectativas sobre um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China.
Internamente, investidores acompanham a divulgação de balanços trimestrais de grandes companhias, como Petrobras, Vale, Itaú e Bradesco, e aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária nesta quarta-feira (5), que definirá a nova taxa Selic, hoje em 15% ao ano.
O mercado projeta manutenção ou corte moderado nos juros, o que favorece a entrada de capital estrangeiro no país por meio do carry trade, operação em que investidores buscam rendimento em moedas de países com taxas mais altas.
Dólar

Com o avanço da Bolsa, o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,36, menor valor desde 8 de outubro.
Às 16h10 (horário de Brasília), a taxa média era de R$ 5,3573 por dólar, queda de 0,11% em relação à sexta-feira (31), quando fechou em R$ 5,3744.
No acumulado deste ano, o real se valorizou 13,25% frente à moeda americana.
Desde o pico de R$ 6,30 registrado no início do ano, a queda chega a 15,04%.
A valorização é influenciada pela expectativa de corte de 0,25 ponto percentual nos juros do Fed (Federal Reserve), nos Estados Unidos, o que reduz a força global do dólar, e pela manutenção da Selic em patamar elevado no Brasil.
O relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda (3), manteve a projeção de R$ 5,41 para o fim deste ano, com leve melhora em relação à estimativa anterior de R$ 5,45.
Para o ano que vem, a previsão segue em R$ 5,50. No mercado futuro da B3, o contrato de dólar para novembro estava em R$ 5,3660, recuo de 0,33% em relação a 28 de outubro.
















