O Carnaval do Rio de Janeiro ganhou um toque de emoção e nostalgia no segundo dia de desfile das escolas de samba, nesta segunda-feira (03), com a presença marcante de Neguinho da Beija-Flor em seu último desfile.
Aos 66 anos, o cantor e compositor, um dos maiores nomes do samba, se despediu das passarelas em sua última participação, após mais de 40 anos de história com a agremiação de Nilópolis.
Vestido com o figurino característico da Beija-Flor, Neguinho emocionou o público fez seu último grito “Olha a Beija-Flor aí, gente!“, marcando o fim de uma era de brilho, talento e muito samba no pé.
A presença do artista na Sapucaí representa o encerramento de uma fase não apenas para a Beija-Flor, mas também para o próprio Carnaval carioca, que se despede de uma das figuras mais emblemáticas da sua história.
Neguinho da Beija-Flor foi um dos grandes responsáveis por levar a escola ao estrelato, conquistando títulos importantes ao longo dos anos e se tornando um dos maiores defensores da tradição do samba.
Sua despedida marca a transição de uma geração de sambistas para o futuro da cultura carnavalesca, que, embora renovada, continua a ser influenciada pela sua contribuição inestimável.
Acompanhado de sua família, amigos e fãs, o cantor se emocionou ao perceber o carinho do público, que não economizou aplausos e gritos de apoio.
O desfile da Beija-Flor, que já é tradicionalmente um dos mais aguardados, ganhou uma aura ainda mais especial neste ano.
Enredo da escola de samba
A Azul e Branca contará a história de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, que morreu em junho de 2021 por complicações da Covid. O carnavalesco foi responsável pela sequência de títulos da Beija-Flor entre 1998 e 2018.
A escola carioca foi campeã em 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2011, 2015 e 2018, sob a direção de Laíla.