Quem vai apostar nos fundos brasileiros de proteção às florestas

Presidente Lula discursa na Cúpula do ClimaDivulgação

Com um discurso forte e impactante, o presidente Luís Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (6), oficialmente, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) durante a Cúpula do Clima, em Belém. O anúncio foi seguido de um almoço oferecido pelo governo brasileiro, em que o presidente convidou outras nações a apoiarem a iniciativa.

Lula usou toda sua energia e força política para tentar convencer as lideranças de que estamos falando de um excelente negócio “O TFFF não é baseado em doação, seu papel será complementar os mecanismos que pagam pela redução das emissões de gases do efeito estufa. [Serão] Investimentos soberanos de países desenvolvidos e em desenvolvimento que irão alavancar um fundo de capital misto. O portfólio vai se diversificar em ações e títulos”, destacou Lula. 

Segundo o presidente, será possível pagar aos países US$ 4 por hectare preservado. “Parece modesto, mas estamos falando de 1,1 bilhão de hectares de florestas tropicais distribuídos em 73 países em desenvolvimento”, disse.

Acompanhe: Lideranças sobem o tom e cobram recursos para ações climáticas

A proposta, desenhada pelo governo brasileiro, é otimista e pretende alcançar inicialmente US$ 25 bilhões com as adesões dos países e chegar a US$ 125 bilhões com o capital privado. O ministro Fernando Haddad afirmou que a previsão é chegar a US$ 10 bilhões em aportes até 2026, ano em que se encerra a presidência brasileira da COP.

O presidente Lula anunciou que o Brasil poderia iniciar esta fila de investimentos, com US$ 1 bilhão. Noruega levantou o braço e ofereceu US$ 3 bilhões; Indonésia, US$ 1 bilhão; Portugal, mais tímido, US$ 1 milhão. Há rumores de que Alemanha, China, Holanda e Emirados Árabes Unidos serão os próximos a fazer aportes. Já o Reino Unido desistiu – apesar do entusiasmo declarado do Príncipe William. 

VALE A PENA, SIM

O TFFF é, de fato, um mecanismo inovador e fará com que investidores recuperem seus recursos com remuneração compatível com as taxas médias de mercado, ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação florestal e a redução de emissões de carbono. O modelo vem sendo elogiado por economistas e tem tudo para dar certo.

Agora só falta adesão. Não se trata apenas de boa vontade. O comprometimento dos países passarão por decisões políticas que, como se sabe, nem sempre seguem um caminho em linha reta. 

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