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A Balmain e Olivier Rousteing anunciaram nesta quarta-feira (5) o fim de uma colaboração que durou 14 anos, a mais recente mudança em uma reformulação geral das casas de moda e seus estilistas.
Rousteing, que assumiu a direção criativa da maison em abril de 2011, deixa o cargo após mais de uma década à frente da casa parisiense. A marca é controlada pelo fundo de investimentos Mayhoola, sediado no Catar, que também detém participação na italiana Valentino.
“Sinto um profundo orgulho por tudo o que realizei e uma imensa gratidão à minha equipe excepcional na Balmain, minha família escolhida, em um lugar que foi meu lar nos últimos 14 anos. Agradeço ao Sr. Rachid Mohamed Rachid e a Matteo Sgarbossa pela confiança inabalável em meu trabalho e por me concederem esta oportunidade extraordinária”, afirmou Rousteing em comunicado. “Ao olhar para o futuro e para o próximo capítulo da minha jornada criativa, levarei comigo com muito carinho o tempo precioso que vivi aqui”.
Rachid Mohamed Rachid, CEO da Mayhoola e presidente da Balmain, também se pronunciou: “Gostaria de expressar minha mais sincera gratidão a Olivier por sua extraordinária contribuição à Balmain. A liderança de Olivier redefiniu os limites da moda e inspirou uma geração com sua criatividade e compromisso com a inclusão. Temos imenso orgulho de tudo o que foi conquistado sob sua direção e esperamos acompanhar o próximo capítulo de sua trajetória.”
A história de Olivier na Balmain
Rousteing foi nomeado diretor criativo da Balmain em 2011, quando tinha apenas 25 anos, após o afastamento de Christophe Decarnin. Antes disso, atuava como designer interno da casa. Sob sua liderança, a marca consolidou sua presença internacional e ampliou sua base de consumidores. Sua primeira coleção foi apresentada no outono daquele mesmo ano.
Ao assumir, Rousteing enfrentou o desafio de manter o desempenho comercial da maison e refinar sua linguagem estética, preservando a herança da casa fundada por Pierre Balmain em 1945 — tradicionalmente associada a nomes como a Duquesa de Windsor, Brigitte Bardot e Gertrude Stein.
Sua nomeação também marcou um momento de mudança na indústria da moda. Rousteing tornou-se um dos raros diretores criativos negros em uma grande casa francesa, em um setor ainda pouco diverso. A decisão da Balmain foi interpretada, à época, como um sinal de abertura e renovação na alta-costura europeia.
Durante seu período à frente da marca, Rousteing navegou por uma indústria em transformação, marcada pela ascensão das mídias sociais e pela valorização de vozes internas nas grandes casas de luxo — tendência reforçada por nomes como Sarah Burton na Alexander McQueen, após a morte de seu fundador.
O sucessor de Rousteing ainda não foi anunciado.
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